Quem percorre a base dos trabalhadores e assiste de perto os reflexos da atuação neoliberalista, de selvagem capitalismo, dos últimos governos, logo percebe: o brasileiro está com medo, sem dinheiro, sem conseguir honrar dívidas e manter o pão diário de sua família. Isso para quem está empregado, quanto mais para as mais de 13 milhões de pessoas sem ocupação.
Com efeito. Ficamos sabendo que a crise empurrou 7,4 milhões para a pobreza entre 2014 e 2017, conforme dados divulgados pelo Banco Mundial.
Segundo a Folha de S. Paulo, houve um salto de 20,4% – de 36,5 milhões para quase 44 milhões – no número de pessoas vivendo com menos de US$ 5,5 por dia, valor que representa a linha oficial da pobreza usada pelo organismo multilateral e é expresso em paridade do poder de compra (PPC), que reflete diferenças no custo de vida dos países. Com base na cotação atual entre o real e o dólar, seria o equivalente a cerca de R$ 637 por mês.
Lógico que alguma coisa está errada, muito errada. Uma delas, sem dúvida, é o distanciamento dos engravatados de Brasília com relação ao povo brasileiro.
José Antonio Martins Fernandes
Presidente do Sinpefesp e da FEPEFI