Estado de calamidade. O medo habita as ruas. Uma pandemia mundial espreita as pessoas. Não permite qualquer falha, erro ou desatenção. Momento de guerra, sem dúvida. E contra um inimigo invisível.
Num momento em que o mundo lida com a morte, a preocupação econômica, com achatamento salarial e desemprego, deixa o trabalhador na mais absoluta insegurança.
Hora de procurar união e de acalmar ânimos, certo? Mas o que faz o governo Bolsonaro? Solta a Medida Provisória de número 927/20, que permite suspensão de contrato de trabalho por quatro meses, durante o período de calamidade pública.
Diz Brasília que o objetivo é o de evitar demissões em massa. Oras… No nosso entender, a MP só faz jogar gasolina no fogo.
Os mais jovens estão com mais medo de perder emprego do que de pegar coronavírus. Portanto, a MP 927 é um acinte.
Bolsonaro precisa deixar seu radicalismo de lado e, de forma rápida, abrir diálogo com a sociedade organizada, em especial, os sindicatos. A descapilarização da economia será fatal.
José Antonio Martins Fernandes
Presidente do Sinpefesp e da FEPEFI